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Web1, web2 e web3: O que devemos saber sobre o futuro da web?

Categoria: Dicas | 18.maio.2022 | sem comentários

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Web1, Web2, Web 3: o que é preciso saber? Os anos foram se passando, as tecnologias evoluíram e os consumidores mudaram, e assim, a internet não poderia ser a mesma.

Vamos entender o que são estes 3 formatos de Web, como impactam as marcas e o que vêm aí no futuro. E para falar sobre esse assunto, convidamos Kenneth Corrêa (Diretor de Estratégia da agência 80 20 Marketing) para explicar o tema e trazer o seu ponto de vista.

Web1, Web 2 e Web 3: o que são?

Consumir. Criar. Ser dono.

Esta é a evolução quando se discute a evolução da internet sobre a ótica da web3. Este termo web3 tem sido defendido como o “futuro da internet”, e quem já está nesse universo há mais tempo deve se lembrar que o termo “Web 2.0” era muito utilizado para se explicar o fenômeno dos blogs e das redes sociais em seguida.

Tentando dar um contexto de etapas (e tempo) para os conceitos, estes podem ser divididos assim:

Web1: 1990 – 2000: o alvorecer da internet. A “rede mundial de computadores” ou “o advento da internet” termos que marcaram época, pois era uma nova tecnologia, que conectava todo o mundo (ou pelo menos 1 bilhão de pessoas da população de  7 bilhões do planeta), mas que ainda era muito próxima da versão anterior dos veículos de comunicação. Era read-only (somente leitura), eram websites surgindo de todas as áreas, mas sempre com a visão de comunicação de uma via, ou seja: minha empresa fala para o mundo o que ela pensa, e o mundo pode ou não “sintonizar” (metáfora para acessar) meu site.

Web2: 2001 – 2020: a popularização da internet. Nos cerca de 20 anos da web 2, saímos de 1 para 5 bilhões de pessoas conectadas. O principal motivo para esse crescimento: a internet passa a ser PARTICIPATIVA. Agora a comunicação tem duas vias, eu como usuário/consumidor/cidadão posso expor minhas opiniões em meu blog, no meu perfil de rede social, ou até mesmo na caixinha de comentários do site de notícias. Quando as pessoas entenderam que TODOS PODEM SER UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO, isso foi o fator de atração. Mas, do ponto de vista de centralização, ainda foi um longo período marcado pelo domínio (e crescimento exponencial) de alguns poucos grandes players (Amazon, Apple, Google, Microsoft e Facebook), posicionados como plataformas.

Web3: 2021(*) – ?: a descentralização. A tecnologia blockchain abriu as portas para a implementação, de fato, de uma internet descentralizada. É uma bandeira de independência, e acima de tudo é sobre “Power to the People”. A natureza da internet é descentralizada (desde o começo com a Internet Society, operando como ONG), mas agora estamos em um momento onde falamos sobre moedas digitais não controladas por bancos, discutimos a forma como as grandes empresas de tecnologia lidam com nossos dados, e elegemos (e eliminamos) candidatos a cargos políticos com base no que falamos no Twitter. O balanço de poder vai saindo de grandes e poucas organizações para cada usuário.

Ou seja: a primeira evolução ocorreu por que eu passei a poder participar, e a segunda – que está acontecendo agora – vai ocorrer pois além de participar, serei DONO daquilo que estou participando, com poder de decisão.

(*) O termo ‘Web3’ foi cunhado por Gavin Wood ainda em 2014, mas ganhou tração em 2021, com a revolução das criptomoedas e DeFi (finanças descentralizadas).

Web1,Web2, Web3_unsplash
Web1, Web2, Web3_unsplash_

O impacto dos novos formatos Web nas marcas e consumidores 

É uma mudança 360º. É uma nova forma de encarar a “rede mundial de computadores”, onde eu não só participo, agora sou dono “da porra toda”. Isso para o usuário.

Quando falamos sobre marcas, a preocupação destas é se manter na cabeça das pessoas, e, para garantir que isso ocorra, precisam estar onde as pessoas estão. Para isso, o primeiro passo é estar por dentro dos dados de consumo e uso, que podem ser coletados em diversos relatórios, valendo destacar o We Are Social Report. Este estudo mostra dados importantes como as redes sociais mais usadas no momento:

Mas também, cabe mencionar que estes dados podem ser extraídos de forma segmentada, diretamente em cada uma das plataformas. Em Fevereiro de 2022, por exemplo, foi o primeiro mês da história em que o Instagram obteve mais usuários ativos em um mês (MAU: Monthly Active Users) que o Facebook, globalmente. Acompanhar estes dados para o país ou região em que a marca atua, e até com um corte do perfil de público que atinge, dá à marca um passo à frente dos competidores.

O segundo (e não menos importante), é entender o contexto dos usuários que está impactando. A mesma pessoa é diferente quando está na Twitch (focado em difundir imagens de games), do que quando está no Instagram (procurando inspiração ou passando o tempo), então a comunicação da marca precisa ser diferente em cada uma das duas redes, ainda que esteja promovendo o mesmo conteúdo ou vendendo o mesmo produto em ambas.

E, na web3, o que a marca precisa entender é que, mais do que nunca, a máxima do “cliente tem sempre razão” segue mais forte do que nunca, essa centralidade no cliente, colocá-lo como protagonista do conteúdo, como membro do “Conselho de Usuários” (as Telefônicas começaram a implementar em 2020) ou ainda ceder tokens da marca ou do produto, são algumas das ações que são a cara da web3.

Web 3 e o futuro

Talvez mais correto seja apontar que esse novo formato de web não é o futuro, e sim o presente. Já temos mais investidores (CPFs) em criptomoedas do que na bolsa de valores. Já temos mais de 7.000 moedas disponíveis. A tecnologia blockchain já passou da fase de protótipos para produtos, e até os Governos Estaduais (e o Federal) no Brasil já usam da tecnologia.

Termos como Open Banking ou Open Innovation já são parte do vocabulário de grandes empresas atuando no Brasil.

Kenneth afirma ainda que a agência 80 20 está pronta para expandir seus horizontes rumo a esse novo mundo da Web 3: ‘‘A 80 20 Marketing sempre esteve presente no early stage de várias tecnologias sociais. Pense que já fizemos campanhas no mySpace ou Orkut back in 2008. Também exploramos cada uma das novas: Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok, Clubhouse. A web3 (com o Metaverso) é a próxima fronteira, uma web global, livre e descentralizada, onde os usuários são os donos dos ativos’’.

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O que é Metaverso e qual o impacto dele no futuro?

Categoria: Dicas | 20.abril.2022 | 1 comentário

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Metaverso, o que saber? Em poucas palavras, o Metaverso pode ser definido como um espaço digital imersivo onde há interação entre as pessoas, a partir de seus avatares (personagens). Nesse ambiente é possível fazer de tudo: conversar, trabalhar, viajar, comprar (…) de forma ininterrupta. Ou seja, quando você ‘desliga’ ou sai da plataforma, a vida virtual continua funcionando. Seria então, um novo universo coletivo, virtual e permanente, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e da “Internet”.

Se essa tendência de Metaverso parecia distante, agora em um mundo transformado pela pandemia vem ganhando cada vez mais força através de grandes marcas.

Vamos então falar um pouco sobre esta nova indústria e o impacto gerado no mercado. E para isso convidamos Kenneth Corrêa (Diretor de Estratégia da agência 80 20 Marketing) para o trazer o seu ponto de vista sobre a temática.

Um novo mundo de possibilidades

O Metaverso exige grande investimento e não é comum para uma maioria. Essa tendência já está presente em jogos como: Minecraft, Roblox e até mesmo o antigo Second Life. Além de estar ganhando espaço também em outras indústrias, como a Moda, Arquitetura, Turismo e muitas outras. Todos os dias  mais de 100 milhões de pessoas pelo mundo utilizam esses Metaversos, e a previsão é que este número só aumente.

Mas como isso é possível? Isso acontece principalmente através do fornecimento de experiências virtuais aos usuários, desde tours virtuais em museus (Metropolitan Museum of Art ou Museu do Louvre), provadores virtuais (Farfetch ou Amaro) até viagens virtuais (Drive&Listen ou 360Cities). Com isso, o Metaverso cresceu muito a partir do Covid-2019. Com o público em casa, torna-se necessário o investimento em novas formas de consumo.

Mas engana-se quem pensa que para por aí. A pesquisa pelo tema é tão grande, que até mesmo Mark Zuckerberg – CEO do ex-Facebook – decidiu alterar o nome comercial da corporação ‘Meta’. O que comprova ser a grande aposta de uma das maiores empresas do mundo.

Metaverso e o setor do Marketing

Falamos sobre o impacto em diversas indústrias, mas como isso funciona na prática? Nada disso seria possível sem 2 principais aliados: a Tecnologia e o Marketing. De um lado temos a programação e a ciência de dados ‘pertencentes’ ao setor tecnológico. Do outro, temos estratégias e análises mercadológicas do setor do marketing. Ou seja, o papel do marketing passa a ser de compreender quem são esses novos consumidores, o que eles querem e como gerar valor.

Metaverso_istockphoto

A relação entre os dois setores ganha outra dimensão quando entendemos que os consumidores de hoje estão cansados dos anúncios estáticos e mesmos formatos de vídeo que permeiam o mundo online e as redes sociais. Principalmente quando falamos da Geração Z, eles buscam por experiências interativas, envolventes e até transformadoras.

Kenneth comenta a relação benéfica entre os setores: “(…)Quando trazemos isso (Metaverso) para a realidade do marketing, da mesma forma que as marcas já trabalham com anúncios no Google há mais de 15 anos, no Facebook há mais de 10 anos, e no TikTok há cerca de 2 anos, nos ambientes imersivos do Metaverso também há a possibilidade de anunciar para públicos específicos, construir espaços de convivência das marcas (moderados por Community Managers), além de criar experiências que os consumidores podem baixar (como baixam um aplicativo em seus telefones). O outro lado são também novos produtos, estes exclusivamente digitais, que podem ser vendidos para uso dentro dos Metaversos.’’

Criação de avatar

Além disso, a união do Marketing e Metaverso pode proporcionar a potencialização da inclusão e da diversidade nas mídias digitais, atendendo o desejo de muitos, pois – segundo aponta um levantamento da Meta – 71% dos consumidores esperam que as marcas promovam a diversidade e a inclusão em sua publicidade online. Na prática isso torna-se possível, por exemplo, por meio da construção dos avatares, uma vez que estes podem ser quem quiser e são completamente livres de qualquer padrão estético, o que estimula a inclusão e representatividade nesse mercado.

Metaverso e o futuro

Ainda estamos no início de 2022, mas a Meta já anunciou que disponibilizará a ferramentas de anúncios 3D na plataforma, permitindo às marcas que carreguem modelos 3D de produtos nas mídias sociais. E não para por aí, recentemente outra marca resolveu apostar no Metaverso: a Nike que comprou um estúdio para a criação de tênis e moda digital, ou seja, a empresa passará a lançar modelos de tênis 100% digitais para o público além de NFT’s (Token não fungível).

A presença do Metaverso em jogos

Você pensa que é só fora do Brasil que há investimentos nesta tecnologia? Não mesmo! No Brasil, há o fenômeno PK XD, novo jogo da PlayKids, criado em território nacional, que envolve a criação de uma plataforma de socialização misturada com atividades infantis. O game já conquistou mais 180 milhões de downloads e, aproximadamente, 300 mil jogadores simultâneos! E além disso, recentemente outros setores começaram a investir nesta tecnologia, como é o caso do mundo virtual Avakin Life, o mesmo já possui mais de 2 milhões de jogadores brasileiros, sendo o Grupo Boticário responsável por uma das lojas virtuais disponíveis dentro do jogo. Ou seja, o Metaverso está se tornando cada vez mais palpável também a nível nacional – ou pelo menos ‘virtualmente’ palpável.

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Mas Kenneth aponta a existência de desafios no investimento desta tecnologia: ‘Nas palavras da Consultoria PwC, o Metaverso não é uma revolução, é uma evolução. Ou seja, já existe, já é usado diariamente (no caso do Minecraft são 100 milhões de pessoas online todos os meses, por exemplo), mas ainda tem um longo futuro pela frente, com desafios como: adoção da tecnologia (por ser muito diferente, e custo ainda alto), interoperabilidade entre metaversos (para que o ativo de um funcione no outro), e também o desafio de hardware, ou seja, tecnologia para processar a quantidade exponencial de informações adicionais.’

A agência 80 20 Marketing e o Metaverso

A 80 20 Marketing sempre esteve presente no early stage de várias tecnologias sociais. Pense que já fizemos campanhas no mySpace ou Orkut back in 2008. Também exploramos cada uma das novas: Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok, Clubhouse. O metaverso (e o blockchain, e a web3) é a próxima fronteira onde a maior parte das pessoas vão interagir.

Nossos clientes que são mais trend followers ou early adopters, são marcas que estão fazendo seus primeiros workshops, town halls (reuniões do C-level com todo o time) e vendas B2B com clientes especiais. Ou seja, tudo ainda em menor escala, mas são empresas preocupadas em estar acompanhando a tecnologia de perto, para não correr o risco de se tornarem late adopters, o que, em 2022, não garante mais a liderança de mercado de ninguém.

Bem, o que vêm a seguir é sempre incerto, mas que o Metaverso parece mesmo ter nos aproximado do futuro (ou dos ideais futuristas que sempre tivemos) e promete transformar a forma como consumimos, disso temos certeza! E claro, que a agência 80 20 Marketing, não ficará de fora!

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